Metaverso: Tudo o que você precisa saber
Você sabe o que é Metaverso? Entenda um pouco mais sobre o assunto e saiba o que esta rolando no mundo do metaverso.
Durante esses últimos meses ouvimos falar sobre o Metaverso. Principalmente depois que o CEO do antigo Facebook agora Meta resolveu tocar neste assunto, anunciando as mudanças previstas para o futuro da suas empresas e as perspectivas de um universo mais integrado entre os dois mundos real e virtual.
Apesar do tema não ser uma novidade para alguns, o termo Metaverso para a maioria ainda é muito novo. Por este motivo vale destacar neste texto tudo o que você precisa saber sobre o assunto para já estar preparado para o futuro da internet durante os próximos anos. Confira!
Metaverso o que é?
Para quem ainda não está ambientalizado com o metaverso significado, saiba que a construção da palavra vem do grego onde “meta” significa “além de” ou “após algo” e o “verso” quer dizer “universo”. Ou seja, a explicação do termo está na própria palavra, que traduzindo é a representação gráfica de pessoas e objetos dentro de uma realidade virtual interagindo em tempo real.
Dessa forma, podemos dizer que o metaverso é um ambiente que promete conectar esses dois mundos real e virtual. Possibilitando que pessoas possam interagir entre si por meio de avatares em ambientes programados através de tecnologias desenvolvidas graças aos avanços da inteligência artificial, realidade virtual, realidade aumentada, entre outros fatores.
A forma mais clara de entender o metaverso é com o filme Matrix. A história do longa é baseada em uma realidade virtual projetada através da inteligência artificial, onde os humanos vivem dentro de suas cápsulas e apenas suas projeções estão dentro do universo chamado Matrix. Tirando toda a ficção e a história das guerras entre humanos e máquinas, o metaverso promete promover esta interação através de hologramas. Neste novo mundo, você poderá estudar, trabalhar e até mesmo se relacionar através de avatares virtuais em 3D. Ou seja, você não apenas vai interagir com o ambiente virtual, você fará parte dele.
Como surgiu o metaverso?
O assunto já vem sendo televisionado há muito tempo, mas de fato o termo surgiu desde o ano de 1992, com o livro do escritor Neal Stephenson “Snow Crash”.
Para quem ainda não leu, o título fala sobre a vida de Hiro, um simples entregador de uma pizzaria cuidada por uma organização mafiosa.
Mas no metaverso é um príncipe samurai que tem a missão de combater os vilões dentro de uma realidade virtual, e em sua própria . É um clássico da cultura cyberpunk que merece destaque dentro da história do metaverso. Além de uma leitura eletrizante para os amantes do tema.
Um outro livro que merece destaque e que agregou bastante a ideia do metaverso é o Jogador Número 1, de Enest Cline. O livro se trata da história de Wade Watt, um dos usuários conectados à realidade virtual chamada de OASIS.
Watt é um homem pobre e sem perspectiva, e assim como muitos usuários é atraído por este universo, onde você pode esquecer qualquer problema e ser exatamente o que deseja.
Mas Watt, não está em busca apenas da diversão, mas principalmente atrativo da possibilidade de encontrar a fortuna escondida pelo criador do ambiente virtual OASIS, o falecido James Halliday e mudar completamente a sua vida e a de sua família.
Uma história muito empolgante e para quem não gosta de ler livros, o título ganhou as telonas em 2018 e foi dirigido pelo diretor Steven Spielberg.
Existem diversos outros títulos de livros e filmes falando sobre o assunto que podem te ajudar a entender um pouco mais sobre o tema. Claro, tirando um pouco a ficção e as intrigas que deixam o enredo mais envolvente, você poderá ter uma ideia do que virará pela frente.
Metaverso e o Mundo Gamer
Para quem já está ambientado no mundo gamer ou de cultura pop o termo metaverso pode ser muito mais simples de ser entendido. Pois, os gamers já estão imersos em um universo paralelo de personagens e avatares. E muitas vezes já vivem suas narrativas e geram conexões dentro dos games.
É um ambiente social, pois apesar da ideia central dos jogos envolver a competição, a experiência de forma geral conta bastante. Pois dentro deste universo, na maioria das vezes o intuito é estar junto. De fato, o mundo dos gamers é muito mais do que um simples jogo, pois é capaz de conectar pessoas e criar comunidades que vivem dentro e fora do ambiente virtual. É uma experiência imersiva com possibilidades de criar interações que podem durar por horas. E assim, como em toda comunidade, possui um potencial enorme economicamente falando, pois segundo a Accenture esse universo já gera U$$300 bilhões de dólares por ano.
Um dos gamers pioneiros do que se pode dizer, mais próximo do metaverso é o Second Life que surgiu em 2003. O jogo ganhou rapidamente milhares de usuários, mas não foi muito longe. Muito provavelmente devido a falta de tecnologia na época. O que impossibilitou a criação de propriedades virtuais, assim como também a geração de renda dentro do próprio ambiente virtual. O que hoje com o avanço tecnológico, assim como a criação da tecnologia blockclain já se tornou uma possibilidade real.
Mas apesar do game efetivamente não ter dado certo, foi a partir daí que surgiram outros ambientes imersivos como Roblox, Fortnite e a Minecraft que apesar de não serem propriamente um ambiente considerado como metaverso. Possui características bastante similares como personagens próprios, missões específicas e comunidades engajadas.
Sempre é bom lembrar que apesar do universo gamer ser muito próximo ao metaverso, ele ainda não pode ser de fato considerado como um ambiente virtual, pois o metaverso é a junção em tempo real do ambiente virtual interagindo com a realidade, formando assim um quase que um único “ambiente”. É a vida real em uma ambiente virtual, literalmente.
Como funcionará o metaverso?
Como de fato vai funcionar o metaverso, não sabemos, mas a ideia é que o futuro seja uma mescla entre realidade e ambiente virtual. Se você está pensando que poderá ter um trabalho 100% virtual, a resposta é sim. O objetivo é que o metaverso veja uma nova alternativa de vida, até mesmo com uma economia própria. O metaverso promete um universo descentralizado e aberto a todos. Pois, no ambiente virtual você poderá ser o que, e quem desejar e ir onde desejar.
E como será a economia do metaverso?
Uma das tecnologias que permitiu que o metaverso fosse uma possibilidade são os blockclains, que nada mais são do que bancos de dados públicos e descentralizados. O que permitiu a “criação” de uma economia própria dentro do metaverso.
A principal fonte de renda vem das criptomoedas, ou seja, para participar deste universo utópico inicialmente é necessário a compra dessas criptomoedas. Hoje em dia existem diversas no mercado, mas a mais conhecida ainda é o Bitcoin que hoje em dia vale mais de duzentos mil reais.
Uma outra forma de renda, segundo o relatório da Grayscale, já tem gente ganhando dinheiro vendendo e comprando produtos digitais como artistas, cantores, cassinos e claro com publicidade.
O lado ruim do Metaverso
Apesar da promessa ser boa, de cara alguns especialistas já trazem questionamentos relevantes que cabem ser avaliados, como a questão da centralização dos dados e a privacidade dos usuários nas mãos de algumas empresas privadas. Os vazamento de dados, crimes virtuais, sequestros de dados, entre outras coisas.
Outro fator que é o vício e a dificuldade que o metaverso pode gerar quando as pessoas não desejarem se desconectar desta realidade.
Por fim, o distanciamento ainda maior entre as classes sociais e a exclusão ainda maior das pessoas que não tiverem acesso a esta tecnologia que pode aumentar ainda mais em um mundo virtual.
Pois se pararmos para pensar todos esses problemas já estão em pauta, e ainda hoje não temos respostas para estes questionamentos. Com o metaverso essas problemáticas tendem a aumentar e procurar desde já um equilíbrio entre as partes, pode ser uma alternativa.
Empresas que acreditam no Metaverso
Segundo a Bloomberg Intelligence esse novo mercado que está sendo construído vai movimentar cerca de US$800 bilhões (R$ 4,5 trilhões) em 2024. desta forma, conclui-se que quem ganhar esta corrida com certeza vai ficar com a maior fatia do mercado. E claro, por este motivo empresas como a Meta e a Microsoft estão investindo pesado no que hoje acredita ser o próximo avanço tecnológico.
O fato é que este mercado promete deixar as interações virtuais mais próximas da realidade, permitindo uma vida real dentro de um ambiente virtual. Ou seja, o tempo investido dentro dessas plataformas vai aumentar exponencialmente. E resumidamente isso significa, que você vai poder namorar, se divertir e até mesmo ganhar o seu próprio dinheiro dentro deste novo universo.
Desta maneira abrirá um novo mercado para as marcas, assim como também novas oportunidades serão geradas. Novos formas de consumir e entregar produtos. É um universo totalmente novo a ser explorado. Confira abaixo como algumas empresas estão trabalhando para a construção do metaverso.
Metaverso Facebook
Há um tempo atrás o facebook anunciou a mudança do nome da sua empresa para Meta, abrindo para o mercado o seu desejo de oficializar que o seu conglomerado não é mais apenas uma simples rede social. Mas sim uma empresa que caminha para o mundo interconectado que estamos chamando inicialmente de metaverso.
Apesar de oficialmente o Facebook, agora Meta, oficializar apenas em outubro de 2021 essa tomada de decisão. O fato é que a empresa de Mark Zuckerberg há algum tempo já caminha para a realização do Metaverso se tornar algo real.
Pois em setembro de 2009, o Facebook já começou a olhar o mercado de forma diferente e sua primeira aquisição foi o agregador de notícias e redes sociais FriendFeed por US$ 47,5 milhões. Depois comprou Octazen Solution com o objetivo de agregar a suas soluções a importação de contatos, e a Divvyshot, para compartilhamento de imagens.
O que demonstra o interesse da empresa por aquisições que possam aumentar sua base de dados tanto em conteúdo escrito, como gráficos. Além de agilizar o processo que seria construir do zero essas informações. São horas de trabalho e uma economia de tempo que para a corrida tecnológica podem custar milhões.
Em 2012 o Facebook adquiriu a primeira de suas grandes compras do Instagram por US$1 bilhão. O que agregou ao facebook, tanto uma renovação de sua base de usuários, como novas funcionalidades a empresa. E não ao acaso, as suas próximas compras foram um reforço ao time de desenvolvimento com a compra da Storylane, e a empresa de análises Onavo, por US$ 120 milhões.
Foi apenas em 2014 que a empresa realizou o seu maior investimento, foram US$ 19 bilhões para comprar o WhatsApp. Na época o aplicativo já tinha por volta de 600 milhões de usuários, e hoje o investimento já conta com mais de 1 bilhão de usuários.
Ainda em 2014, o Facebook comprou a Oculus VR, uma empresa que desenvolve óculos para realidade virtual que apesar de ainda não trazer retorno. Pode ser um excelente investimento para quem acredita que o metaverso pode ser uma ideia possível.
O penúltimo grande anúncio do Facebook foi em 2019 que anunciou a criação da Libra que já deveria ter sido lançada, mas parece que a empresa ainda está enfrentando problemas para lançar a moeda que pode vir a ser uma das formas de ganhar dinheiro dentro do metaverso. Estamos aguardando cenas dos próximos capítulos.
Microsoft
Se a Meta está dentro do jogo, a Microsoft também promete dar passos largos, porém mais orgânicos dentro do mundo metaverso. Em 2021, a empresa trouxe o Microsoft Mesh, que possibilita realizar reuniões através de avatares personalizados e transmiti-los através de hologramas dentro do seu aplicativo Teams.
A proposta da empresa é melhorar o home office, oferecendo ferramentas interativas para melhorar tanto a performance dos colaboradores. Como também oferecer soluções para melhorar a integração e relacionamento entre os colegas de equipe.
Imagine, você pode ter a mesma experiência de trabalhar dentro do escritório, porém trabalhando de casa? Já pensou poder tomar aquele cafezinho com o seu colega de trabalho cada um em sua casa? Esse modelo de metaverso apresentado pela Microsoft está muito mais próximo a nossa rotina, e será natural sua introdução dentro do que já está estabelecido atualmente.
Nike
A empresa de moda Nike, também não está de fora do metaverso e em parceria com a plataforma de games online Roblox criou a Nikeland onde os usuários podem usar os produtos da marca em um ambiente virtual com os seus avatares.
O objetivo das marcas é criar uma versão de seus produtos virtuais com a intenção de no futuro vestir avatares que vão estar “vivendo” dentro deste universo.
A gigante americana também adquiriu uma startup especializada em NFTs voltadas para o mercado da moda. Para quem não entende sobre o assunto os NFTs, sigla em inglês para token não fungível, é uma forma de validar a propriedade de algo dentro do ambiente online.
Muitas outras empresas estão interessadas em investir no metaverso, e com certeza em um futuro próximo poderemos visualizar suas ações de forma mais clara. Por aqui estamos de olho!
Quais tecnologias envolvem o metaverso?
Como se pode entender ao longo do texto, o termo metaverso já vem sendo comentado há muito tempo. Mas, para que ele se tornasse real foi preciso o avanço de algumas tecnologias. E algumas delas são primordiais para que o metaverso de fato tome forma.
Uma delas é a realidade virtual (VR), que é a construção de um ambiente tridimensional, construído através de softwares. Para garantir a transmissão da simulação é necessário o uso de computadores e smartphones para visualizar a simulação.
Se com a realidade virtual (VR) você consegue enxergar o mundo virtual no mundo real, com a realidade aumentada (AR) o usuário consegue ver elementos virtuais dentro da realidade. E a sensação é que de fato você está dentro do universo digital.
Com o avanço dessas duas tecnologias já era possível criar uma interação entre o mundo real e o mundo virtual, mas como seria possível gerar renda dentro deste universo sem a possibilidade de garantia de uma propriedade privada?
Se você respondeu os blockchains (banco de dados público descentralizado), as criptomoedas e agora os NFTs (sigla em inglês para tokens não fungíveis) que possibilitam a movimentação de valores e registros de propriedades virtuais.
Você pode construir essa nova fase do Metaverso
Como já foi dito por aqui, o mercado de tecnologia da informação está superaquecido, e falta mão de obra qualificada para suprir essa demanda. São mais de 14,4 milhões de desempregados no Brasil, caso você faça parte desta estatística que tal aproveitar que as empresas estão dispostas a contratar mesmo sem experiência e investir nos estudos.
Se você se interessa por esse assunto, aproveite para ler também sobre as profissões do futuro para investir neste ano. Existem diversas oportunidades dentro deste vasto universo da tecnologia. E até mesmo para quem não tem dinheiro para investir existem algumas instituições que oferecem cursos gratuitos online.
Para tirar todas as dúvidas e te incentivar a se jogar nos estudos, os salários dos programadores podem variar de R$2460 reais até mesmo R$10,500 reais, segundo dados da pesquisa de Geekhunter.